Comédia norte-americana escrita e realizada em 1985 por Woody Allen, intitulada originalmente The Purple Rose of Cairo. Foi protagonizada por Mia Farrow, Jeff Daniels, Danny Aiello e Stephanie Farrow.
Cecília (interpretada por Mia Farrow) é uma empregada de mesa em New Jersey durante e Grande Depressão que procura no cinema um escape para a sua vida cinzenta, entre um marido que a maltrata, Monk (Danny Aiello), e um trabalho de que não gosta. No dia em que perde o emprego, Cecília vai ver o filme The Purple Rose of Cairo, protagonizado pelo jovem arqueólogo Tom Baxter (Jeff Daniels), herói romântico de Cecília. Para sua surpresa, Tom sai do ecrã diretamente para a sua vida, apesar de não ser real. Ela confidencia mesmo à irmã que conheceu um homem maravilhoso. Apesar de ficcional, não se pode ter tudo, diz-lhe. Enquanto as outras personagens dentro do filme desesperam enquanto esperam que Tom Baxter regresse à tela para terminar o que iniciara, o produtor pressiona o ator que interpreta Tom (também ele Jeff Daniels) no sentido deste convencer Cecília a persuadir Tom para regressar ao filme. Mas o dilema que se instala é se Tom voltará à tela para acabar o filme ou se decide permanecer no mundo real.
A premissa é insólita, mas Woody Allen consegue combinar habilmente a comédia com a fantasia, gerando uma bela sátira social aos anos 30 nos EUA, que é também um dos seus filmes mais originais. Aliás, é a situação no limiar do surreal que gera grande parte dos momentos divertidos: a multiplicidade de dimensões acaba também por criar um jogo inteligente de ficções que se cruzam.
A primeira escolha para o papel de Tom Baxter foi Michael Keaton. No entanto, depois de filmadas algumas cenas, Woody Allen achou que não funcionava e substituiu-o por Jeff Daniels.
O filme foi nomeado para o Óscar de Melhor Argumento, tendo vencido o Globo de Ouro na mesma categoria. Entre vários outros prémios, venceu o BAFTA de Melhor Filme e de Melhor Argumento, o César (prémio do cinema francês) de Melhor Filme Estrangeiro e o prémio FIPRESCI do Festival de Cannes.
fonte
dma report
CineMedia
Os Media no Cinema
13 junho 2012
24 janeiro 2007
VIDEODROME - Experiência Alucinante
Max Renn é director de programas para uma estação de tv por cabo. Um dia, por acidente, o seu assistente descobre um programa que poderá ser a salvação da estação e elevar as audiências a um nível sem precedentes, um programa chamado Videodrome. Em Videodrome podemos encontrar tortura, violações e execuções, ninguém ficará indiferente.
Na sua busca pelos direitos do programa, Max é arrastado para algo bem mais perigoso que uma luta por audiências, Max vê-se envolvido num plano para controlar todo o planeta através da televisão.
Videodrome é realizado por David Cronenberg, um dos mais controversos cineastas da nossa era, que já nos trouxe algumas pérolas como Scanners, A Mosca e, mais recentemente Uma História de Violência. Nos principais papeis podemos encontrar James Woods e Deborah Harry, enquanto que o primeiro é um veterano nestas lides, já de Deborah não podemos dizer o mesmo, este trata-se do primeiro papel daquela que até então era apenas conhecida por ser a vocalista do grupo musical Blondie.
Neste filme, sempre actual, a televisão é considerada uma droga, algo que pode causar dependência e transformar fisicamente o ser humano. Trata-se de uma metáfora à elevada exposição que temos a todo o tipo de material através da televisão, tornando-nos cada vez mais acostumados à violência.
O filme encontra-se à venda no nosso país, aconselhando aos mais interessados que o comprem na fnac, onde ele se encontra disponível por apenas 5 euros. Fica aqui um excerto para aguçar o apetite:
Na sua busca pelos direitos do programa, Max é arrastado para algo bem mais perigoso que uma luta por audiências, Max vê-se envolvido num plano para controlar todo o planeta através da televisão.
Videodrome é realizado por David Cronenberg, um dos mais controversos cineastas da nossa era, que já nos trouxe algumas pérolas como Scanners, A Mosca e, mais recentemente Uma História de Violência. Nos principais papeis podemos encontrar James Woods e Deborah Harry, enquanto que o primeiro é um veterano nestas lides, já de Deborah não podemos dizer o mesmo, este trata-se do primeiro papel daquela que até então era apenas conhecida por ser a vocalista do grupo musical Blondie.
Neste filme, sempre actual, a televisão é considerada uma droga, algo que pode causar dependência e transformar fisicamente o ser humano. Trata-se de uma metáfora à elevada exposição que temos a todo o tipo de material através da televisão, tornando-nos cada vez mais acostumados à violência.
O filme encontra-se à venda no nosso país, aconselhando aos mais interessados que o comprem na fnac, onde ele se encontra disponível por apenas 5 euros. Fica aqui um excerto para aguçar o apetite:
José Santiago
05 janeiro 2007
Scoop
A jovem estudante de jornalimo, Sondra Pransky, viaja dos Estados Unidos até Inglaterra para entrevistar um conhecido actor. Após a entrevista possível, ela e a sua amiga decidem assistir a um espetáculo de magia. Quando Sondra é escolhida para participar num dos números é contactada pelo fantasma de um famoso jornalista recém-falecido que não poupa a esforços para lhe transmitir o seu último furo.
Ele diz-lhe que o filho de Lord Lyman, Peter Lyman, é o assassino das cartas de tarot, o maníaco que tem espalhado o terror nas ruas de Londres. Arrastando com ela Sid Waterman, o mágico excêntrico, Sondra tenta descobrir quem, de facto, Peter Lyman realmente é, e se, de facto, é o assassino. O que Sondra parece desconhecer é que enquanto tenta salvar a Inglaterra, o que poderá estar em perigo poderá ser o seu próprio coração.
Woody Allen foge mais uma vez do seu ambiente natural de Nova York. O realizador de pérolas como Annie e a Rosa púrpura do Cairo, volta, pela segunda vez a escolher Inglaterra como palco das suas histórias. É também a segunda vez que Woody Allen se volta a meter no mundo do jornalismo, curiosamente, a sua outra obra A Maldição do Escorpião Jade também partilhava a sua temática jornalística com o sobrenatural. Será que Woody vê um parelelismo entre estes dois campos?
O filme conta, como não poderia deixar de ser, com Scarlett Johanson, a nova musa de Woody no papel de Sondra e com Hugh Jackman. Desta vez, o actor que ficou conhecido no seu papel de Wolverine na saga X-Men, dá corpo ao presumivel assassino Peter Lyman. E quem melhor para o protagonizar o excêntrico mágico? Nem mais nem menos que o próprio Woody Allen.
Em Portugal este filme já saíu das salas de cinema Portuguesas, tendo agora de esperar pelo seu lançamento em DVD para o ver. Fica aqui o trailer:
José Santiago
23 novembro 2006
Lavado em Lágrimas
João é um jornalista de televisão que trabalha por conta própria em reportagens sérias. Ao começar uma nova reportagem sobre um idoso que se dedica à criação de pombos num bairro miserável dos arredores de Lisboa, conhece Ana, a sua neta adolescente.
Personagem misteriosa e que começa a exercer sobre o jornalista um fascínio irresistível.
A pouco e pouco João vai perdendo o interesse no velho criador de pombos e começa a interessar-se por Ana e pelo seu mundo. Mundo apenas partilhando com outro miúdo abandonado, até perceber que a sua vida está cheia de histórias sombrias.
Órfã de mãe, abandonada pelo pai aos cuidados do avô, Ana está envolvida com um homem mais velho que de vez em quando aparece para comprar pombos ao avô e que a utiliza, e ao seu amigo, em jogos perigosos e proibidos...
Filme português que retrata o que é bastante visível nos dias que decorrem e que todos ignoram, a tristeza social, a pobreza, o desespero, o sofrimento, o poder, a resistência, a rebeldia, a luta…
Personagem misteriosa e que começa a exercer sobre o jornalista um fascínio irresistível.
A pouco e pouco João vai perdendo o interesse no velho criador de pombos e começa a interessar-se por Ana e pelo seu mundo. Mundo apenas partilhando com outro miúdo abandonado, até perceber que a sua vida está cheia de histórias sombrias.
Órfã de mãe, abandonada pelo pai aos cuidados do avô, Ana está envolvida com um homem mais velho que de vez em quando aparece para comprar pombos ao avô e que a utiliza, e ao seu amigo, em jogos perigosos e proibidos...
Filme português que retrata o que é bastante visível nos dias que decorrem e que todos ignoram, a tristeza social, a pobreza, o desespero, o sofrimento, o poder, a resistência, a rebeldia, a luta…
Recolha: Rosa Gonçalves
Colocado por: André Pereira
10 novembro 2006
Citizen Kane
Charles Foster Kane, milionário e guru dos media, morre sozinho na sua extravagante propriedade, Xanadu, soltando uma única palavra: "Rosebud".
Numa tentativa de descobrir o significado dessa palvra, um reporter procura testemunhos das pessoas que conviveram e trabalharam com Kane; as histórias que ele vai ouvindo, são então apresentadas numa série de flashbacks que revelam muito sobre a vida de Kane, mas não sobre o enigma do seu último suspiro.
Discutivelmente o melhor filme alguma vez feito, é sem dúvida a obra prima de Orson Welles e por mais estranho que pareça não foi reconhecido como tal na altura, tenho falhado miserávelmente nas bilheteiras. Aliás, na entrega dos Oscars de 1941 o filme foi vaiado cada vez que uma nomeação sua era apresentada. Só a meio dos anos 50, na sua reedição, é que o filme foi finalmente reconhecido.
No ranking do American Film Institute este filme encontra-se no primeiro lugar, e a deixa "Rosebud" é considerada, pela mesma instituição a 17ª mais memorável da história do cinema.
Infelizmente os negativos originais deste filme perderam-se num incêndio nos anos 70, mas mesmo assim foi possivel restaurá-lo e transferi-lo para DVD, e encontra-se disponível no nosso país numa edição manhosa da editora Costa do Castelo. Para quem quiser uma edição decente com extras pode também encomendá-la na fnac, estando apenas disponível por encomenda e sem legendas em português, é sem dúvida a melhor escolha para visionar este clássico.
Deixo-vos então com o trailer deste clássico:
Numa tentativa de descobrir o significado dessa palvra, um reporter procura testemunhos das pessoas que conviveram e trabalharam com Kane; as histórias que ele vai ouvindo, são então apresentadas numa série de flashbacks que revelam muito sobre a vida de Kane, mas não sobre o enigma do seu último suspiro.
Discutivelmente o melhor filme alguma vez feito, é sem dúvida a obra prima de Orson Welles e por mais estranho que pareça não foi reconhecido como tal na altura, tenho falhado miserávelmente nas bilheteiras. Aliás, na entrega dos Oscars de 1941 o filme foi vaiado cada vez que uma nomeação sua era apresentada. Só a meio dos anos 50, na sua reedição, é que o filme foi finalmente reconhecido.
No ranking do American Film Institute este filme encontra-se no primeiro lugar, e a deixa "Rosebud" é considerada, pela mesma instituição a 17ª mais memorável da história do cinema.
Infelizmente os negativos originais deste filme perderam-se num incêndio nos anos 70, mas mesmo assim foi possivel restaurá-lo e transferi-lo para DVD, e encontra-se disponível no nosso país numa edição manhosa da editora Costa do Castelo. Para quem quiser uma edição decente com extras pode também encomendá-la na fnac, estando apenas disponível por encomenda e sem legendas em português, é sem dúvida a melhor escolha para visionar este clássico.
Deixo-vos então com o trailer deste clássico:
José Santiago
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